lundi 18 avril 2011

E depois de muito silêncio...

Mais de um ano sem postar. Mais de um ano sem realmente viver. Tudo é velho, velho como esse blog abandonado pelo autor e pelos leitores.
Estou naqueles momentos em que a vida parece estranha e tediosa, sem mais nada. Os amores de infância, adolescencia e idade adulta? Todos se foram, muito bem juntadas, casadas ou simplesmente de costas dadas e pés na estrada. O mundo se recorta em contas para pagar, um futuro obscuro onde me espera solidão. E dificil e acho que preciso ver um psicologo para não cair na armadilha da autopiedade suprema e improdutiva.
"Aonde foi que eu errei com você?", disse meu pai outro dia. Para muitos essa pergunta vem repleta de acusações, dedos apontados no rosto e palavras asperas... para mim, foi apenas uma constatação triste daquele que me carregou nos ombros a vida inteira: "você esta infeliz, e me sinto responsavel. Não soube te preparar para a vida, não soube te dar as armas necessarias para que seu sorriso se mantivesse apesar de todas as adversidades"...
Ah, pai... mas você soube, e soube muito bem. O problema é quando as adversidades são ao mesmo tempo grandes e numerosas demais, os amigos, distantes, a familia, quebrada, os entes queridos, mortos, o trabalho, um tormento, o conforto material e intelectual, inexistentes. Você me preparou bem, mas eu dei azar, fui um otario, não soube ser arrojado e tudo isso se juntou para fazer minha tristeza. Não fio culpa sua, não foi culpa sua... Foi culpa de todo mundo, sobretudo minha, antes de você sequer chegar perto da lista dos responsaveis.
A Pimenta deu as costas, esta casada e gravida, muito bem, obrigada, na França (pois é, né??), vivendo em Lyon. A Gringa também me deu as costas (duas vezes seguidas, como a Pimenta, olha so!!) e também esta levando a vida dela. Deve estar para casar nesses dias, assim que o mês de maio trouxer mais calor para os campos de mostarda... enfim, ja faz um tempo que as estantes de biblioteca e livrarias não escondem novos rostos que suscitem novas paixões, e as que me circundam e me são dirigidas não me interessam.
"Aonde foi que eu errei", pai, é uma pergunta que eu devo me fazer... você não.

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