mardi 11 mars 2008

Da mão trêmula

Uma libélula é um pedaço de ar. Nos cantos escuros da agua parada, ela voa flutua quase em silêncio. O espelho abaixo permanece estatico, as plantas a ignoram, as flores lhe sorriem. Sem esforço, ela se dissolve na brisa, é a brisa, é o espelho.
Como um pedaço de céu esquecido que se aventurou perto demais da terra.
Mas por que?
Não ha...
Não ha porquês em um libélula, nem diferença, nem fronteiras. Ela mora no vento e vai embora.
Sua unica lembrança
São os relances de seu verde esmeraldino
E sombras de anéis na agua turva.

vendredi 7 mars 2008

Modernismo barato...

Foi ai que
uma Fada______me deu______uma Flor

me deu___________________me deu

uma Flor______me deu______uma Fada
.

dimanche 2 mars 2008

Concerto noturno

Colocando no ar mais um post, so para não perder a mão: essa noite estou com vontade de escrever.
Duas da mãnhã: hora fatidica em que começo a contagem regrassiva para o sono. Tomei meu donormyl efervescente, espero o cansaço e os olhos que ardem. Na cabeceira, Jean de Meun me espera com seus monologos interminaveis sobre o amor racional. Quando me sinto sufocar, pego os loucos de amor com um sorriso cumplice, pequena piscadela para todos os que ainda insistem em deixar de ter medo.
Enquanto la fora dança a noite em seu ballet de estrelas, o mundo parece melhor.
Desliga a têvê, abre a janela para a fada entrar.
Se quiser beber, beba!
Chore, se quiser chorar...
Antes de dormir, pense como é bom enlouquecer nas costas da sanidade, pedalar nos algoritmos, escorregar nas regras da absurda gramatica, perder os laços dos cantos esquecidos amarrados no concreto escuro.
Voar um pouco, mas voar bonito
E mandar uma banana para os ângulos retos.