mercredi 20 février 2008

Paris, Paris...à vélo.

Paris tem o Vélib'. Para quem não sabe, é um sistema de bicicletas publicas que ficam ancoradas em pirulitos eletrônicos. Quem quer usa-las pode fazer uma assinatura anual ou pegar um ticket de um dia ou uma semana. é bom, barato e tira a gente dos buracos fedorentos do metrô parisiense.
A Fada, ciclista assumida e militante, afirma que o vélibista (nome que encontrou para os usuarios do vélib') não passa de um usuario do metrô que de vez em quando resolve pedalar um pouco para aproveitar do sol. Perdi a conta dos cafés que banharam nossas discussões acaloradas que vão buscar as raizes da cultura francesa onde dois individuos que partilham o prazer da bicicleta preferem quebrar o pau vendo qual é mais ciclista ao invés de abraçar a cumplicidade das preferências comuns. Mas fazer o que?
Sou um velibista profissional e assumo plenamente. Quando voltei para Paris com o coração nos calcanhares decidi que andar de bicicleta ia me fazer bem, e fez. Perdi cinco quilos, ganhei fôlego e de quebra conheci belos cantos que so se pode descobrir perdendo-se.
O velibista "profissional" é aquele que renuncia definitivamente à inércia do metrô. Faça chuva ou faça sol, ele esta sobre sua bicicleta, enchendo o saco dos taxistas no corredor de ônibus, passando os farois vermelhos e ameaçando os pedestres babacas que têm essa estranha mania de atravessar na faixa!
O velibista apalpa a bicicleta antes de retira-la, sacode, pedala no vazio... Ele conhece todos os macetes para pegar uma que seja perfeita. Estamos atualmente tentando adaptar esse maravilhoso conhecimento preventivo à escolha de uma mulher, mas resultados recentes mostram que apalpar, sacudir e pedalar no vazio não funciona com o gênero feminino (pelo menos não no começo do primeiro encontro).
Melhor mesmo são os trajetos, mas desses falarei depois.

1 commentaire:

Bibica a dit…

Eu também posso falar dos trajetos paulistanos. Busão lotado, sovaco grudado no nariz, engarrafamento monstro na Paulista, descida a 90km/h no corredor da Rebouças - motorista fiodaputa gosta de jogar boliche com passageiro - e cuspida triunfal na calçada, de preferência sob uma chuva torrencial de verão, que já vai alagar a cidade para o momento da volta triunfal pra casa. Oh lord, give me a vélib!